Enquetes

Há um grupo fechado no facebook para alunos do Sorolli. É um grupo criado para compartilhamento de informações sobre Voz e Técnica Vocal, para alunos, ex-alunos e profissionais das Artes Cênicas e da Música que já foram orientados, dirigidos ou preparados por Beto Sorolli, e conheçam seus métodos de trabalho, estudo e prática no Belting, Teatro Musical, Teatro, TEV, etc.
Neste grupo há um conteúdo exclusivo para os membros.
Aqui nesta página, compartilhamos agora pequenos artigos de um destes conteúdos que foi criado para fazer um levantamento e esclarecer dúvidas recorrentes dos alunos e suas necessidades no estudo e utilização profissional da voz. Através de enquetes com votação e pequenos comentários posteriores ao resultado, diversas questões foram abordadas, instigando a todos a se aprofundar no entendimento e conhecimento sobre o fenômeno vocal.
Confira abaixo o resultado dessa interessante troca de Sorolli e seus alunos.





1ª Enquete - O que mais te interessa saber sobre sua voz?
(Agosto/2012)
Alternativa mais votada: A) Como posso cantar melhor??? com 24 votos.

Conheço um pouco, o suficiente, ou até muito de algumas vozes das pessoas que votaram nessa opção. O interesse em cantar melhor, que é fundamental pra sair do lugar e evoluir, todos já tem. O entendimento de que devem estudar, também. Sugiro a todas de modo geral que "aprendam" a estudar. E estudar não é apenas fazer aula, ou estar num curso, ter um bom professor, ou esse, ou aquele. Procurem professores nos quais vocês confiem, e tenham referências, claro. Porém eu acredito que vocês devem buscar no professor informação, ferramentas, conhecimento, orientação, e identificação, troca e etc... mas acima de tudo estudem sozinhos.



2ª enquete: Como você estuda canto? (Agosto/2012)
Alternativa mais votada: A) Cantando as músicas que eu gosto. Com 22 votos

Eu vejo um grande valor em estudar canto com as músicas que gostamos. Primeiro o lado da motivação é bem claro, pois o prazer associado a qualquer atividade, nos permite dedicar tempo e energia. Segundo é que se gostamos da música, dialogamos com todas as idéias embutidas nela: estilo, forma, a voz do cantor(a), o arquétipo dele (a), etc... Sugiro aos meus alunos cantarem o que gostam, experimentar a técnica que estiverem aprendendo com as músicas que gostam, e acima de tudo, consciência ao cantarem, se tiverem escolhido "estudar" com uma música que gostam. E claro, não excluam outras formas de estudar, ou no mínimo experimentem, pra saber se te acrescenta, se faz diferença, e se você se identifica. E tenham em vista que métodos herméticos(fechados) e formas impositivas de ensino de técnica, muitas vezes nos fazem crescer muito também. Lidar com regras e perceber que não conseguimos fazer algo é frustrante, mas saber onde estamos e reconhecer as dificuldades é um passo importante para superar e evoluir. E acima de tudo: "Cantar é um prazer fisiológico, e o deve ser."



3ª enquete: Minha voz é fraca e difícil de sustentar no... (Agosto/2012)
Alternativa mais votada: A) Grave. Com 23 votos

Só de correr o olho nas pessoas que escolheram essa alternativa, percebo uma gama imensa de vozes muito diferentes. Então acho necessário esclarecer os seguintes conceitos: o que é grave pra um, não é grave pra outro; é preciso entender o que é grave pra você, e o que é o grave da sua voz; é preciso entender o que é fraco e forte em relação á projeção, para que no seu treino, você aprenda e entenda como fazer tecnicamente (sem força, sem machucar a voz), e da mesma forma o que é sustentar e como fazer. Pra alcançar mais projeção e sustentação no grave existem técnicas, sim, claro, da mesma forma no médio e no agudo. Contudo, sempre busque entender como é sua voz, e qual a finalidade (no estilo você canta, ou atua...) de utilizar o registro mais grave. E tenha em mente: conforto em primeiro lugar. A técnica deve permitir alcançar o resultado com o menor esforço possível, e em relação ao canto, o prazer na projeção é um indicativo de que está no caminho certo.



4ª enquete: Você já sentiu um salto evolutivo na sua voz? (Setembro/2012)
Alternativa mais votada: A) Sim, depois de um tempo fazendo aula de belting. Com 25 votos

A enquete confirma que a dobradinha belting+fisiologia tem auxiliado muita gente a evoluir em sua construção de técnica vocal. E os comentários e escolha de mais de uma opção, a meu ver apontam para uma direção que sempre procuro orientar e salientar: propriocepção, observação, estudo de técnica (seja ela qual for). Todos os que conhecem meu método de trabalho sabem o quanto faço uso de desenhos, conceitos científicos sobre fisiologia, autopercepção pelo tato, videos, demonstrações práticas, etc. Acredito e assino em baixo na eficiencia do belting, mas acima de tudo acredito numa pedagogia rica, sem fronteiras entre as áreas de conhecimento cientifico, musical, artístico e humano, que auxilie o aluno a um estudo consciente e bem fundamentado da técnica (seja ela qual for), para que essa possa, assim, ser mais abrangente e acessível, atingindo não só as pessoas de talento, mas sim toda pessoa que deseja verdadeiramente aprender.
 



5ª enquete: Você canta músicas em inglês? (Setembro/2012)
Alternativa mais votada: A) Sim. Falo fluente e gosto de estilos que usam essa língua. Com 16 votos

O repertório de teatro musical, pop, rock, soul, blues, rap, gospell, country, etc... é esmagadoramente maior em inglês, e chega a nós devido á grande difusão pela industria cultural, do entretenimento e mídia. Então os interessados nestes estilos, por prazer, necessidade profissional, técnica ou estética, vão se aproximar de alguma forma desse idioma. Entretanto a influência da língua na formação das técnicas mais difundidas nestes estilos é inegável, e é o ponto que eu gosto de frisar em se tratando de "defender" a prática e o estudo de se cantar em inglês. Para mim, como cantor e como professor, recomendo que entender o idioma ajuda a entender questões técnicas de projeção, colocação, ressonância, e outros aspectos da dinâmica vocal.
 



6ª enquete: Você fica rouco com que frequência? (Setembro/2012)
Alternativa mais votada: B) Uma vez no ano, quando eu gripo, ou pego um resfriado. Com 16 votos

De acordo com texto produzido pela AAO-HNSF, uma das associações médicas mais antigas dos EUA, rouquidão (disfonia) é definida como um distúrbio caracterizado por alteração na qualidade vocal, freqüência ou intensidade, ou esforço vocal que limita a comunicação ou causa impacto negativo na qualidade de vida relacionada à voz.
Em relação á saúde gosto de destacar 4 coisas principais que trazem benefícios á voz: o descanso (sono adequado), alimentação saudável (rica, regular) , evitar abusos (abuso vocal, alcool e drogas) e hidratação (beber bastante água). A rouquidão pode estar associada á vários fatores como gripes, alergias, "ites" respiratórias, mal uso da voz, entre outros. Uma recomendação geral de muitos especialistas é que quando a rouquidão for persistente por mais de 15 dias, deve-se procurar um otorrino para exames detalhados e também um fonoaudiólogo para terapia vocal.
A título de depoimento, coincidentemente, tive uma crise de rinite, sinusite e laringite na semana passada, o que me gerou uma rouquidão (disfonia) na sexta-feira 05/10 e perda de voz (afonia) no sábado 06/10. Eu lancei mão de tudo o que sei sobre voz, e claro segui as recomendações médicas, utilizando os medicamentos que me foram receitados (alopáticos e homeopáticos), além de chás (recomendações dos meus pais e minha avó), e repouso físico e vocal.
Aos meus alunos que relacionam cansaço vocal e rouquidão a situações de abuso, oriento a buscar ajuda e soluções para uma utilização saudável da voz de uma forma saudável quando necessário (aulas, trabalho, etc). E evitar abusos desnecessários, e buscar orientação para utilização inteligente da voz, melhorando sua técnica e auto-percepção.

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